Prevenção de AVC e Carótida: entenda a relação
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil apresenta a quarta maior taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre os países da América Latina e Caribe e uma das principais causas é a obstrução da artéria carótida.
Acontece que uma lesão, caracterizada pelo acúmulo de gorduras e outras substâncias nas paredes das artérias, impede o fluxo sanguíneo normal na região do cérebro, podendo trazer consequências graves.
Homens e mulheres acima de 50 anos, assim como hipertensão, sedentarismo, tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus e obesidade são os fatores de risco que merecem atenção.
A obstrução da carótida pode não apresentar sintomas ou causar perda da fala, paralisia, cegueira, coma súbito e até a morte.
Pequenas manifestações também podem indicar um AVC, como tonturas, alterações na visão, na fala e na sensibilidade ou força dos membros.
Leia o texto até o final e saiba mais detalhes sobre diagnóstico, tratamento e prevenção de AVC causado pela obstrução da artéria carótida.
Diagnóstico, tratamento e prevenção de AVC
É interessante que o ultrassom da artéria carótida (eco-doppler colorido) seja feito por homens e mulheres anualmente, a partir dos 50 anos de idade, em especial se eles estiverem no grupo de risco.
O exame, que avalia a qualidade do fluxo sanguíneo nos vasos arteriais, leva no máximo 30 minutos, é indolor e não invasivo.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais chances de sucesso tem o tratamento.
As recomendações de cuidados variam de acordo com a situação do paciente. Além de medicação específica e adoção de hábitos de vida mais saudáveis, a cirurgia pode ser necessária dependendo do grau de obstrução.
Nesse caso, depois de uma anestesia geral, o médico faz uma incisão no pescoço e chega até a artéria carótida para remover a placa obstrutiva.
Outra possibilidade, que pode ser feita com anestesia local, é a dilatação com balão (angioplastia) e colocação de stent, uma prótese metálica.
O cirurgião vascular faz uma leve perfuração na artéria da virilha e, com cateterismo, chega até o pescoço.
Tanto para a prevenção de AVC como para o tratamento de uma situação de obstrução da artéria carótida, é importante considerar o controle dos fatores de risco, buscando hábitos de vida mais saudáveis.
Além de check-up anual, é fundamental a manutenção de uma alimentação saudável e equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e cereais integrais.
Não fumar, fazer exercícios físicos regularmente, controlar a pressão arterial e o diabetes também faz a diferença para afastar problemas relacionados ao AVC.
A prevenção de AVC é sempre o melhor caminho. Se você faz parte do grupo de risco ou se tem dúvidas mais específicas sobre essa situação e quer indicações do melhor tratamento, agende já uma consulta com um médico angiologista e/ou cirurgião vascular.